Por Gutierres Fernandes Siqueira
Há algum tempo tenho observado dois tipos de seminaristas assembleianos. E cada um traz para mim uma grande preocupação. O elo entre eles é, normalmente, o analfabetismo bíblico e até, em muitos casos, o analfabetismo funcional. Alguns saem como o reteté pós-graduado e outros como o novo Paul Tillich carismático.
Quem diria? O pai da Teologia Liberal é querido de alguns seminaristas pentecostais! |
sermão há alguma exegese, mas para puro exibicionismo. O hebraico e o grego são até citados, mas o português continua maltratado. A interpretação bíblica séria é simplesmente inexistente. E o que sobra é a velha gritaria de sempre com mensagens de autoajuda, exortações legalistas, fundamentalismo como parâmetro teológico e triunfalismos desconectados com a realidade. Assim, são teólogos com muitas aspas.
No segundo grupo a erudição é sinônimo de liberalismo teológico. Ludibriados pela suposta inteligência dos professores, alguns pentecostais abraçam com afinco a hermenêutica desconstrutivista, a ética relativista, a engenharia social e o secularismo do iluminismo francês como parâmetro de relação entre a Igreja e o Estado. Ao término do seminário esses bipolares pentecostais liberais ou mudam para igrejas “progressistas” ou mergulham na pior espécie de ressentimento para com o cristianismo. Sim, esses viram fundamentalistas da causa moderna.
No segundo grupo a erudição é sinônimo de liberalismo teológico. Ludibriados pela suposta inteligência dos professores, alguns pentecostais abraçam com afinco a hermenêutica desconstrutivista, a ética relativista, a engenharia social e o secularismo do iluminismo francês como parâmetro de relação entre a Igreja e o Estado. Ao término do seminário esses bipolares pentecostais liberais ou mudam para igrejas “progressistas” ou mergulham na pior espécie de ressentimento para com o cristianismo. Sim, esses viram fundamentalistas da causa moderna.
Insisto que esse é o preço que o pentecostalismo brasileiro paga pelo longo e persistente anti-intelectualismo. Enquanto isso, os seminaristas comprometidos com a boa teologia continuam esquecidos do púlpito assembleiano. Isso significa apenas que o buraco ainda é mais embaixo. Como dizia Kafka: “Esperança? Esperanças há muitas, mas não para nós”!
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