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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Policial bandido, ou seria bandido policial?

o famoso jargão da personagem Valeria,  de um certo programa de humor de uma grande rede de tv brasileira cairia bem em muitíssimos policiais brasileiros em especial  em alguns policiais(policiais???) do Rio de Janeiro.
                 "AI COMO EU SOU BANDIDA"
Quando esperávamos que os assassinos da juíza Patricia acioli fossem famosos traficantes do Rio, ou políticos corruptos cariocas,então vem a bomba, três policiais do rio da janeiro mataram a juíza.
como confiar na policia? Não são eles os responsáveis por nos proteger? Ou seria pra nos matar?
leia a matéria da revista Veja.
O Fiat Idea da juíza Patrícia Acioli, assassinada na madrugada desta sexta-feira quando chegava em casa, em Niterói(Pedro Kirilos/Agência O Globo)


Inquérito conclui que policiais mataram juíza para evitar pedido de prisão

Tenente e dois cabos do 7º BPM (São Gonçalo) perseguiram a juíza sem saber que ordem de detenção já estava assinada. Suspeita é de que mais policiais estejam envolvidos

Cecília Ritto, do Rio de Janeiro
Na noite do assassinato de Patrícia Acioli, os celulares dos acusados foram rastreados perto do Fórum de São Gonçalo – local a partir do qual ela foi seguida. Depois disso, os aparelhos foram desligados
s investigações sobre a morte da juíza Patrícia Lourival Acioli, morta em 11 de agosto, apontam três policiais militares como autores do crime. Os três tiveram prisão temporária decretada na noite de domingo. O grupo, composto de um tenente e dois cabos do Grupo de Ações Táticas (GAT) do 7º BPM (São Gonçalo), já estava preso no Batalhão Especial Prisional (BEP). O tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sergio Costa Junior e Jefferson de Araújo Miranda são acusados também de participação na morte de Diego de Souza Beliene, de 18 anos, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no mês de junho. Os três queriam evitar que Patrícia Acioli expedisse suas prisões. Horas antes da ser morta, no entanto, Patrícia assinou a decretação de prisão do bando.

Com a conclusão do inquérito, o próximo passo é descobrir de quais armas partiram os 21 tiros que mataram a juíza. Na manhã desta segunda-feira, policiais civis da Divisão de Homicídios (DH) recolheram, no 7º BPM (São Gonçalo), todas armas dos calibres .38 e .40.

No dia do crime, 11 de agosto, Patrícia Acioli disse à advogada dos três policiais que pretendia decretar a prisão do grupo. De acordo com o inquérito, a advogada transmitiu essa informação aos policiais. A medida, no entanto, já estava tomada. Patrícia já havia decretado anteriormente as prisões de outros envolvidos no crime. Os acusados alegavam que Diego foi morto em um “auto de resistência” – termo que designa as ações em que os policiais atiram diante de uma reação violenta da vítima.

“O problema era do Rio e tinha que ser resolvido pelo Rio”, disse o secretário de Segurança do estado, José Mariano Beltrame, referindo-se à recusa em aceitar ajuda da Polícia Federal no caso. Beltrame é também delegado da PF.

Para chegar aos acusados, foi fundamental a análise das imagens de câmeras de segurança do condomínio onde morava Patrícia Acioli, do trajeto percorrido por ela naquela noite e do próprio Fórum de São Gonçalo. A motocicleta com dois dos assassinos aparece nas gravações. “Os três foram identificados e participaram da emboscada. O cabo Júnior e o tenente foram para o Fórum tão logo souberam que seria decretada a prisão”, explicou o delegado Felipe Ettore, titular da DH. “Eles estavam no Fórum e não sabiam que já havia sido decretada a prisão. Por isso a ação deles (para impedir a prisão) tinha que ser naquele dia. Para qualquer local que ela fosse, eles iriam atrás”, afirmou.

O inquérito mostra que na noite de 11 de julho, um mês antes da morte de Patrícia, os acusados estiveram em frente à residência da juíza, no bairro de Piratininga. Eles teriam, nesse dia, feito um reconhecimento do local para planejar o crime. Nesta data foi feito o pedido de prisão temporária dos acusados, pela Polícia Civil. Um fato estranho ainda precisa ser explicado pela investigação: neste dia, os policiais acusados usavam uma viatura do 12º BPM (Niterói). Este é um indício de que mais policiais podem estar envolvidos no caso. O veículo não foi escolhido por acaso: os acusados usaram uma viatura não equipada com GPS, que atualmente é um padrão na PM. Com isso, fica mais difícil estabelecer os locais por onde passou o carro.

A informação a respeito do uso do carro de outra unidade da PM foi passada pelo presidente da Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), desembargador Antônio Cesar de Siqueira. “Este não foi um ataque organizado como reação à ação dela ao longo de anos e anos. Poderia ser com qualquer magistrado. Isso me preocupa ainda mais. Não daria para prever como e onde aconteceria, disse.

Na noite do assassinato de Patrícia Acioli, os celulares dos acusados foram rastreados perto do Fórum de São Gonçalo – local a partir do qual ela foi seguida. Depois disso, os aparelhos foram desligados. 

O presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, desembargador Manoel Rebêblo, também afirmou que o crime não teve relação com as ameaças recebidas por Patrícia no passado. “A escolta não é uma solução absoluta em qualquer lugar do mundo”, disse. As declarações do presidente do TJ vão no sentido de amainar as críticas ao que é, para a família da juíza, uma grave falha do tribunal. Apesar das sucessivas ameaças, Patrícia, que julgava muitos casos de crimes cometidos por policiais, estava sem escolta desde 2007.

Família – A advogada Letícia Lins e Silva, que representa a família ao lado do advogado Técio Lins e Silva, afirmou ao site de VEJA que a conclusão da investigação confirma o que, desde o início do caso, era tido como certo pelos parentes da magistrada – a suspeita de que policiais militares estariam por trás do assassinato. “A família fica satisfeita com a elucidação do caso, mas é cedo para sabermos se há mais pessoas envolvidas nisso”, disse Letícia.

Segundo Letícia, a conclusão do caso também confirma que Patrícia foi morta porque estava cumprindo seu papel, de atuar contra criminosos. “Houve declarações maliciosas de que ela poderia ser morta por outro motivo”, criticou.
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