A despeito do fracasso de Maradona e sua seleção na Copa do Mundo, a Igreja Maradoniana continua crescendo. Fundada em Rosário, na Argentina, em 1998, já conta com mais de dezesseis mil seguidores, somente no Brasil.
Tudo começou na madrugada de 30 de outubro daquele ano, quando dois amigos se encontraram: o jornalista Hernan Amez e seu amigo Hector Campomar. Um olhou para o outro e disse: “Feliz Natal!”, numa alusão ao aniversário de Maradona, o maior jogador de futebol argentino — para muitos, o melhor do mundo. Essa brincadeira escarnecedora evoluiu para uma ideia que a dupla chamou de mágica. Convidaram outro amigo e fanático por Maradona, Alejandro Verón, e juntos resolveram fundar a Igreja Maradoniana.
Desde então, para esses zombeteiros, o calendário passou a ser dividido em a.M. e d.M., isto é, antes e depois de Maradona. Nesse caso, estamos hoje no ano 50 d.M. Todos os anos, desde 1998, os seguidores de Maradona festejam o seu Natal, a 30 de outubro, e o que chamam de Páscoa, a 22 de junho, numa referência ao gol que consideram milagroso contra a Inglaterra, na Copa de 1986, quando o jogador driblou vários adversários. No mesmo jogo, o craque argentino fez um gol com a mão e respondeu aos jornalistas, após a partida, cinicamente: “Gol com a mão? Foi a mão de Deus”.
No lugar onde os maradonianos se reúnem há um altar ao seu ídolo, onde os sacerdotes, com trajes similares aos dos padres católicos, acendem velas. Além disso, há uma bola “ensanguentada”, com uma coroa de espinhos, como se vê na foto acima.
Numa entrevista ao jornal Lance!, o fundador do movimento afirmou que é possível ser católico e maradoniano, pois um é o deus do coração, e o outro da razão, numa demonstração de que não está brincando quando endeusa o ex-jogador. E concluiu: “Não queremos mudá-lo, o adoramos como ele é”.
Zombando do cristianismo e idolatrando Maradona, o maradonianismo já conta com mais de cem mil seguidores pelo mundo. Desse número, como já mencionei, mais de quinze por cento são brasileiros, entre eles alguns famosos, como: Ronaldinho Gaúcho, Deco (que atua pela Seleção de Portugal e pelo Fluminense) e o ex-jogador Careca (grande amigo de Maradona). Este declarou, endeusando o atual técnico da Seleção Argentina: “Ele é mesmo um Deus. É a maneira do povo retribuir tudo o que ele já fez pela Argentina, e mostrar sua admiração. Sou um desses admiradores também” (Lance!, 4 de setembro de 2009, p.26).
Sei que, para muitos, tudo isso não passa de uma brincadeira. Mas, como diz a Palavra do Senhor, “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).
Ciro Sanches Zibordi
Tudo começou na madrugada de 30 de outubro daquele ano, quando dois amigos se encontraram: o jornalista Hernan Amez e seu amigo Hector Campomar. Um olhou para o outro e disse: “Feliz Natal!”, numa alusão ao aniversário de Maradona, o maior jogador de futebol argentino — para muitos, o melhor do mundo. Essa brincadeira escarnecedora evoluiu para uma ideia que a dupla chamou de mágica. Convidaram outro amigo e fanático por Maradona, Alejandro Verón, e juntos resolveram fundar a Igreja Maradoniana.
Desde então, para esses zombeteiros, o calendário passou a ser dividido em a.M. e d.M., isto é, antes e depois de Maradona. Nesse caso, estamos hoje no ano 50 d.M. Todos os anos, desde 1998, os seguidores de Maradona festejam o seu Natal, a 30 de outubro, e o que chamam de Páscoa, a 22 de junho, numa referência ao gol que consideram milagroso contra a Inglaterra, na Copa de 1986, quando o jogador driblou vários adversários. No mesmo jogo, o craque argentino fez um gol com a mão e respondeu aos jornalistas, após a partida, cinicamente: “Gol com a mão? Foi a mão de Deus”.
No lugar onde os maradonianos se reúnem há um altar ao seu ídolo, onde os sacerdotes, com trajes similares aos dos padres católicos, acendem velas. Além disso, há uma bola “ensanguentada”, com uma coroa de espinhos, como se vê na foto acima.
Numa entrevista ao jornal Lance!, o fundador do movimento afirmou que é possível ser católico e maradoniano, pois um é o deus do coração, e o outro da razão, numa demonstração de que não está brincando quando endeusa o ex-jogador. E concluiu: “Não queremos mudá-lo, o adoramos como ele é”.
Zombando do cristianismo e idolatrando Maradona, o maradonianismo já conta com mais de cem mil seguidores pelo mundo. Desse número, como já mencionei, mais de quinze por cento são brasileiros, entre eles alguns famosos, como: Ronaldinho Gaúcho, Deco (que atua pela Seleção de Portugal e pelo Fluminense) e o ex-jogador Careca (grande amigo de Maradona). Este declarou, endeusando o atual técnico da Seleção Argentina: “Ele é mesmo um Deus. É a maneira do povo retribuir tudo o que ele já fez pela Argentina, e mostrar sua admiração. Sou um desses admiradores também” (Lance!, 4 de setembro de 2009, p.26).
Sei que, para muitos, tudo isso não passa de uma brincadeira. Mas, como diz a Palavra do Senhor, “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).
Ciro Sanches Zibordi
FONTE:
www.cpadnews.com.br